Por Neto Ferreira
Atualmente, 13 estão em funcionamento e cinco estão concluídas, mas sem funcionar; outras seis estão em obras.
O Maranhão poderá ter 24 Unidade de Pronto Atendimento (UPAs 24h)
funcionando em um curto espaço de tempo. Pelo menos é essa a intenção do
Ministério da Saúde, que anunciou uma série de medidas que flexibilizam
as formas de custeio das unidades em todo o país.
Com isso, as
cinco UPAs, no estado, que estão concluídas, mas ainda não estão
funcionando, podem passar a realizar atendimentos. Além disso, outras
seis unidades estão em fase de obras. Atualmente, 13 UPAs estão em
funcionamento no Maranhão, apesar de problemas relatados nas unidades.
Em
todo o país existem 520 unidades, mas outras 165 estão concluídas e sem
funcionar, e 275, em fase de obras. Pelas novas medidas, os gestores
poderão definir e escolher a capacidade de atendimento das unidades a
partir de oito opções de funcionamento e capacidade. “A flexibilização
foi a melhor solução encontrada, em conjunto com os estados e
municípios, para que as UPAs comecem a funcionar. Nos próximos meses,
teremos unidades novas atendendo na urgência e emergência. São unidades
que ainda não estavam funcionando porque o gestor local não tinha
capacidade e agora vai contar com nosso apoio”, destacou o ministro da
Saúde, Ricardo Barros.
Outra mudança é que o custeio repassado
mensalmente pelo Ministério será vinculado à quantidade de profissionais
em atendimento e não mais por tipologia de porte. Segundo as regras, o
avanço dos projetos deve ser monitorado para que as unidades comecem
efetivamente a funcionar em até 90 dias após a conclusão das obras.
Entre as novidades, também está o compartilhamento e uso de equipamentos
de apoio e diagnóstico da rede de saúde local, promovendo a integração
das unidades.
As UPAS 24h existentes no país têm a capacidade de
realizar cerca de 130 mil atendimentos diários ou 4 milhões mensais a
104 milhões de brasileiros, o que representa atendimento a 50% da
população. Haverá ainda novas rotinas de monitoramento do Ministério da
Saúde, que vai verificar a implantação de itens relativos à qualidade de
assistência à saúde, à gestão da unidade e aos quantitativos mínimos
mensais de produção assistencial, que serão realizadas pelas unidades, e
que deverão ser comprovados pelos gestores de cada região.
“Essa é
uma oportunidade para que o gestor possa definir como será o
atendimento realizado pela UPA. Nós vamos repassar o recurso federal
proporcionalmente ao que ele optar”, completou o secretário de Atenção à
Saúde do Ministério da Saúde, Francisco Figueiredo.
O
investimento total do Governo Federal para obras das UPAs 24h é de R$
1,8 bilhão. Além disso, mensalmente, o Ministério da Saúde repassa os
recursos de custeio que, neste ano, totalizam cerca de R$ 1,6 bilhão.
O
objetivo das UPAs é prestar atendimento resolutivo e qualificado aos
pacientes que estão em situação de urgência e emergência e oferecer os
primeiros socorros nos casos de natureza cirúrgica e de trauma,
estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica
inicial de cada caso.
Desta forma, é possível encaminhar o
paciente de forma referenciada aos serviços hospitalares de maior
complexidade especializados, reduzindo a superlotação em hospitais
gerais e prontos socorros. Com a nova portaria, os gestores terão oito
opções de funcionamento e capacidade operacional, recebendo
proporcionalmente do Ministério da Saúde valores de acordo com cada uma
dessas opções. Dessa forma, a UPA deverá ter, no mínimo, dois médicos
profissionais atuando, e realizando 2.250 atendimentos médicos por mês.
Nesse
caso, o valor de incentivo financeiro para custeio da UPA será de R$ 50
mil mensais e o valor de incentivo financeiro para qualificação será de
R$ 35 mil. No último caso, a unidade deverá ter nove médicos
profissionais atuando, e realizando no mínimo 13.500 atendimentos
médicos por mês Nesse caso, o valor de incentivo financeiro para custeio
da UPA será de R$ 250 mil e o valor de incentivo financeiro para
qualificação também será de R$ 250 mil.
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