Suspeita é de que o assalto tenha sido praticado por grupos ligados a facções criminosas brasileiras
Pelo menos 30 homens com armas de guerra invadiram o prédio da
empresa de valores Prosegur, explodiram cofres e levaram cerca de US$ 40
milhões (R$ 120 milhões) na madrugada desta segunda-feira, em Ciudad
del Este, cidade paraguaia na fronteira com o Brasil. Armados com fuzis
automáticos e metralhadoras ponto 50, os criminosos bloquearam ruas,
incendiaram veículos e dispararam rajadas contra prédios públicos. O
assalto ocorreu por volta de 1h30min.
Acuada,
a polícia paraguaia pediu reforços e munições. Um policial do Grupo
Especial de Operações da polícia foi atingido e morto. De acordo com a
delegada Denise Duarte, que investiga o assalto, testemunhas disseram
que a ação foi praticada por um "esquadrão do crime" e que os criminosos
falavam em português. De acordo com o site G1, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas durante a ação criminosa.
A suspeita é de que o assalto tenha sido praticado por grupos ligados
a organizações criminosas brasileiras que disputam o controle da
fronteira, como uma facção do Rio de Janeiro e outra de São Paulo. A
Ponte da Amizade, que liga Ciudad del Este a Foz do Iguaçu, no Paraná,
no Brasil, foi bloqueada pelas polícias paraguaia e brasileira. Depois
do roubo, no entanto, os ladrões teriam seguido para a cidade vizinha de
Hernandárias, no território paraguaio.
O presidente
paraguaio, Horácio Cartes, determinou o deslocamento das Forças
Nacionais para a cidade. Até as 8h desta segunda, nenhum suspeito havia
sido preso sido preso.
O jornal ABC Color divulgou imagens da cidade após o assalto contra a transportadora.
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