O grupo, que seria de extrema direita, gritava: "Nossa bandeira jamais será vermelha"
Cerca
de 80 manifestantes invadiram o Plenário da Câmara dos Deputados, na
tarde desta quarta-feira (16/11), para pedir a participação do povo na
política brasileira. O grupo é de extrema direita e queria, ainda,
intervenção militar. Houve tumulto e confusão entre policiais
legislativos e manifestantes, que afirmaram que só deixariam o local se o
Exército fosse retirá-los.
Gabriela Vinhal , Paulo de Tarso Lyra /Correio Braziliense
O grupo gritava "Nossa bandeira
jamais será vermelha" e "Viva Sérgio Moro! General Já!". Um dos
manifestantes, Jeferson Alves, empresário da Construção Civil, defendeu o
fechamento do Congresso Nacional. "Isso aqui deve ser fechado e todos
os políticos envolvidos em robalheira devem ser presos imediatamente",
afirmou. Jeferson negou ainda que o movimento tenha um partido político:
"Está na Constituição, todo poder emana do povo. E é povo que está
aqui querendo acabar com essa bandalheira."
Enquanto os manifestantes permaneciam no Plenário, Jeferson Antônio Francisco, outro manifestante, davam entrevistas no Salão Verde da Câmara afirmando que fizeram parte do protesto da última terça-feira (15/11) em frente ao Congresso. Segundo ele, decidiram "espontaneamente" invadir hoje o Legilsativo.
Enquanto os manifestantes permaneciam no Plenário, Jeferson Antônio Francisco, outro manifestante, davam entrevistas no Salão Verde da Câmara afirmando que fizeram parte do protesto da última terça-feira (15/11) em frente ao Congresso. Segundo ele, decidiram "espontaneamente" invadir hoje o Legilsativo.
O primeiro secretário geral da Câmara, Beto
Mansur (PRP-SP), e o deputado Lincon Portela (PRB-MG), negociam com os
manifestantes. O vice-líder do governo na Casa, Darcísio Perondi
(PMDB-RS), comentou sobre a pauta do grupo e afirmou que talvez "seja
necessário usar a força". "Eles leram uma pauta extensa que vai desde o
fim das aposentadorias milionárias de juízes e parlamentares, o fim da
corrupção e uma intervenção militar já. É um grupo radical de direita, o
que é lamentável, pois eu já vivi a ditadura militar e defendo o valor
da democracia".
O deputado Marcos Rogérios (Dem-RO)
afirmou há pouco que o Plenário será desocupado, mas não se sabe quando.
"O processo de evacuação terá de ser muito bem planejado. Não posso
garantir se haverá ou não violência, mas por se tratar de um grupo
radical, possivelmente algum tipo de força deverá ser utilizado".
Rogério
confirmou que existem pessoa armadas no Plenário e que os gritos delas
são todos favoráveis a uma intervenção militar. "Eles não têm nenhuma
manifestação contra deputados de esquerda ou de direita, mas com contra a
democracia e o Congresso Nacional", disse.
O protesto
ocorreu na fase de pronunciamento dos parlamentares durante sessão
presidida pelo deputado Waldir Maranhão (PP). O grupo entrou no
Plenário pelo Salão Verde da Câmara e foi direto para a parte superior
onde fica a mesa diretora dos trabalhos. A porta de vidro do local foi
quebrada. O presidente decidiu suspender a sessão, que havia começado às
14h.
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