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Prefeito Gleydson e ex-prefeita Claudimê |
CORRUPÇÃO
Após oito meses de gestão, o prefeito de Barão de
Grajaú/MA, Gleydson Resende (UB), apresentou ao Tribunal de Contas do Maranhão
(TCE-MA) uma representação contra a ex-prefeita Claudimê Araújo Lima, do PSD,
apontando um prejuízo estimado em R$ 45 milhões
aos cofres públicos.
Segundo a denúncia, uma auditoria independente elaborada
pela empresa Kairos Assessoria e Consultoria Contábil identificou perdas
efetivas de R$ 33 milhões durante a gestão de
Claudimê, que esteve à frente do município entre 2021 e 2024. O valor,
atualizado com correções e juros legais, pode chegar a R$ 45 milhões.
Os técnicos apontam que parte significativa do prejuízo
decorre de contratos com empresas ligadas a familiares da ex-prefeita,
que somaram mais de R$ 14,6 milhões. Também
foram identificados contratos simulados, sem execução comprovada de serviços,
que movimentaram cerca de R$ 18,4 milhões.
Entre os exemplos citados estão o Posto Tropical Ltda,
pertencente à enteada da ex-gestora, que recebeu R$
10,6 milhões; a Barão Construções, ligada a parentes do então cônjuge da
prefeita, com R$ 2,9 milhões; e a Autocenter
São José, criada durante sua administração, que foi contratada por mais de R$ 1 milhão.
A atual gestão afirma que o montante desviado corresponde
a aproximadamente 40% do orçamento anual do
município, comprometendo serviços essenciais e a execução de políticas
públicas. Os auditores também destacaram que recursos vinculados à educação,
incluindo verbas do FUNDEB e precatórios do FUNDEF, teriam sido aplicados fora
da finalidade legal.
Na representação, o prefeito Gleydson Resende, sustenta
que a ex-prefeita tinha conhecimento das
irregularidades e homologou contratos considerados fraudulentos, configurando,
segundo ele, má-fé administrativa e descumprimento do dever de zelo com a coisa
pública.
Diante das constatações, o pedido encaminhado ao TCE/MA
solicita a instauração de uma Tomada de Contas Especial para apurar
responsabilidades, além da imputação de débito à ex-gestora no valor de R$ 33 milhões, com atualização monetária. O
documento também requer a aplicação de multa, a declaração de inabilitação de
Claudimê Araújo Lima para ocupar cargos públicos por oito anos e a
comunicação ao Ministério Público Estadual para eventual responsabilização
cível e criminal.
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