ALEMA

Parte dos Ministros do STF discordam da prisão de Bolsonaro

 

Ex-presidente Bolsonaro e Alexandre de Moraes - Foto: Agência Brasil

DECISÃO DE ALEXANDRE DE MORAES, NÃO REPERCUTIU BEM NOS BASTIDORES.

Reportagem da Revista Oeste

Por, Cristyan Costa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro no dia 4 de agosto de 2025, por suposto descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente. Decisão contestada por vários operadores do Direito.

A decisão inclui o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de visitas — salvo familiares e advogados — e apreensão de aparelhos eletrônicos.

DIVERGÊNCIA INTERNA NO STF

Ministros do STF manifestaram discordância com a decisão de Moraes, classificando-a de “PRECIPITADA”.

Um dos magistrados afirmou que o mais prudente seria aguardar o julgamento da ação penal principal, na qual  o presidente Bolsonaro, é réu por suposta tentativa de golpe de Estado — ação em que, segundo, há relatos, ele enfrenta poucas chances de absolvição, por ser um inquérito político.

TENSÃO ENTRE PODERES E TEMORES EXTERNOS

Uma outra fonte no STF opinou que a medida exacerba tensões políticas, especialmente depois que os Estados Unidos da América, impuseram sanções ao ministro Moraes sob a Lei Magnitsky.

Nos bastidores, ministros demonstraram preocupação quanto a possíveis penalidades que afetem seus bens e familiares no exterior.

OUTROS SINAIS DE DIVISÃO ENTRE MINISTROS

A divergência não se limita ao episódio da prisão. A revista também menciona que a nota institucional de apoio ao ministro Moraes, divulgada após as sanções dos EUA, não foi acordada com todos os integrantes do tribunal.

Como indicativo de distância interna, cinco ministros (André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli, Luiz Fux e Cármen Lúcia) não compareceram ao jantar organizado pelo presidente Lula, no Palácio da Alvorada, evento que contou com presença do presidente do STF e outros aliados.

Diante desses fatos, internamente, o STF não está unânime quanto à decisão do ministro Alexandre de Moraes, de colocar Bolsonaro, em prisão domiciliar. Há críticas de que o ato foi impetuoso, um temor de efeito político e institucional antes do julgamento da ação penal principal, e uma percepção de dissenso crescente na Suprema Corte, acentuada por tensões com o Executivo e repercussões internacionais.

Fonte: Revista Oeste.com


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