Rússia e Ucrânia podem desencadear uma guerra mundial? Entenda o conflito

 

Soldado ucraniano na região ucraniana de Donestk: como ocorreu com a Crimeia, áreas do leste
 do país estão na linha de frente do conflito (ALEKSEY FILIPPOV/AFP/Getty Images)

Crise entre Rússia e Ucrânia na fronteira é reflexo de embates históricos — e pode refletir na estabilidade política em todo o mundo


“Isto — o espalhamento da guerra, no caso de invasão russa à Ucrânia — vai muito além da Ucrânia.”

É como definiu no fim do ano passado Yulia Laputina, ministra para assuntos dos veteranos de guerra da Ucrânia, ao discorrer sobre o conflito com a Rússia. A tensão escalou na Europa como não se via há muito tempo. Potências do Ocidente estimam que sejam 100.000 soldados russos posicionados nas fronteiras da Ucrânia há meses, com negociações diplomáticas que não andaram para reverter o cenário. Em 23 de janeiro, Estados Unidos e Reino Unido mandaram esvaziar parte de suas embaixadas em Kiev, um sinal de que temem que o conflito saia de vez da retórica. 

A Otan, aliança militar liderada por potências ocidentais, começou a mover suas tropas. O governo americano também anunciou nesta segunda-feira, 24, que 8.500 soldados estão em alerta. Pela primeira vez desde a Guerra Fria, um porta-aviões, do grupo de elite da marinha dos EUA, está sob comando da Otan. 

Ainda assim, há divergências internas sobre o quão longe o Ocidente iria em um eventual embate, uma vez que a Ucrânia não é membro da Otan — há maiores gestos de Estados Unidos e Reino Unido, mas reticência da União Europeia. Entenda abaixo o histórico da crise entre Rússia e Ucrânia e o que pode acontecer a partir de agora.

Putin em visita à frota russa, em julho de 2021
: tensões crescentes na Ucrânia (AFP/AFP)




A herança da Crimeia 

A tensão entre Ucrânia e os russos não vem de hoje. A crise mais recente estourou após a anexação da Crimeia, então território ucraniano, pela Rússia, em 2014. Os conflitos na fronteira leste da Ucrânia deixaram 14.000 mortos nesses sete anos. 

“Na prática, já há uma guerra acontecendo desde então”, explica Maurício Santoro, professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). 

Mas os riscos escalaram de vez com o avanço das tropas russas nos últimos meses, vistas pela Ucrânia como clara ameaça à independência do país.

O governo ucraniano, como mostra a fala de Laputina, tenta convencer as potências do Ocidente de que uma invasão russa seria um problema para a estabilidade de toda a Europa e do mundo.

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