FRAUDE
A Polícia Civil do estado do Piauí iniciou, na manhã desta
terça-feira (9/5), a Operação Infiltrados, em que o Grupo de Repressão
ao Crime Organizado (Greco) já prendeu mais de 20 pessoas integrantes de
organização criminosa por suspeita de fraude em concursos públicos
locais. Em torno de 16 delas são agentes da própria PCPI, que teriam
sido aprovados de forma ilegal do concurso de 2012. De acordo com a
assessoria da corporação, as buscas ainda estão em andamento e por isso o
número de prisões ainda não está fechado. Os suspeitos foram autuados
em flagrante e alguns deles foram levados coercitivamente pela polícia
para prestar depoimentos.
A operação é um desdobramento das investigações iniciadas no ano
passado, após a polícia descobrir esquema de fraude no concurso do Tribunal de Justiça do Piauí,
em que foram presas 21 pessoas. O grupo contratava pessoas para
responder as provas por meio de conversas em um grupo de Whatsapp. A
Polícia Civil afirmou, na época, que dentre os indiciados estão
candidatos detidos no mesmo dia do concurso e durante o processo de
investigação. Os presos são os principais organizadores do esquema de
fraude e entre eles, está um policial civil que passava informações
sobre a investigação da polícia para pessoas investigadas. Uma parte dos
presos está na Delegacia da Polícia Interestadual (Polinter) e outra
parte em presídios do estado.
Na ocasião, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador
Raimundo Eufrásio, afirmou que foram eliminados 50 candidatos
beneficiados direta ou indiretamente pelo esquema. “O relatório
elaborado pela Polícia Civil é extenso, bem circunstanciado, e exaure
todas as possibilidades de elementos para anular o concurso, porque
todos os envolvidos, tanto os participantes quanto os intervenientes,
foram identificados e estão afastados do certame. As pessoas foram
identificadas, e essas pessoas não fazem parte do elenco de aprovados”,
enfatizou.
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