FIM DE CAMPANHA POLÍTICA

Amaury Carneiro

Limpem-se as ruas e recolham as bandeiras desfraldadas. Desliguem os carros de som  e retirem as plotagens. A Propaganda eleitoral  chegou ao seu término juridicamente.

Os horários da emissoras de rádio e TV voltam ao normal. Nos bastidores como formigueiros e na silêncio, os candidatos tentar captar as últimas possibilidades de voto.

Tudo voltará ao normal e de modo especial nosso sertão enfrentando a mais cruel seca dos últimos 30 anos.

Tudo voltará ao normal porque as muitas promessas que os candidatos fizeram, com certeza , a grande maioria não  transformar-se-á em realidade. Afinal, na política entre dizer que vai fazer e fazer, existem quilômetros de distância.É  burocracia, os recursos e a própria máquina, muitas vezes, com pessoas sem criatividade e competência  que emperram o processo.

Tudo voltará ao normal porque domingo após a votação e consequentemente a apuração , os véus das dúvidas  serão lançados ao chão e aparecerão os vitoriosos e derrotados, diria mais , os que não conseguiram chegar ao poder.

Pobres do vencedores enquanto seres espirituais vivendo uma experiência carnal! Quanto compromisso carregarão em suas almas  diante do povo ter-lhes confiado seu poder.Pobres vencedores que diante  do compromisso e sobretudo diante das promessas  de campanha usaram a força da palavra para convencer o eleitor a votar em si.

Vão-se os adversários ficam os inimigos. Há os pobres inimigos !!!, pobres de espíritos, que não sabem discernir democracia e batalha, batalha por quem? por que?. Infelizmente estamos rodeados de tupiniquins, que não tem uma visão abrangente para cobrar de fato daqueles que pretendem assumir o poder de uma administração, o que realmente é necessário e benéfico para o povo.

Poder é responsabilidade. Infelizmente muitos não aceitam tal verdade. Poder é compromisso e quanto mais pessoas dependem de nós , mais trabalho nos é imputado.

Curto este silêncio  apesar de saber que o barulho cotidiano de promessas de cada cidade  continua insuportável.

Helena Tâmini com adaptação do professor Amaury Carneiro