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Câmara concluiu, na noite desta quarta-feira, a votação em segundo turno
da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue as coligações
nas eleições de deputados e vereadores a partir de 2020 e estabelece
ainda a chamada cláusula de desempenho.
A votação da proposta foi iniciada no começo deste mês, mas passou um
tempo paralisada por falta de acordo em temas da reforma política
abordados por outras propostas, como as alterações no sistema eleitoral e
o financiamento eleitoral.
Na semana passada, no entanto, deputados conseguiram avançar a proposta
e aprovaram a PEC quase por inteiro em segundo turno, restando apenas a
análise de destaques.
O primeiro deles previa a retirada de um dispositivo do texto que
permitia aos partidos políticos definirem as regras sobre escolha,
formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios. O trecho
foi destacado a pedido do PSOL, sob o argumento que da forma que está
dificulta eventual regulamentação posterior por parte do Tribunal
Superior Eleitoral. Por maioria, deputados decidiram manter essa
permissão no texto da PEC.
Já o segundo destaque-- de autoria do DEM--, este aprovado pelo
plenário, retirou do texto dispositivos que tratavam da fidelidade
partidária e a tornavam mais rígida. Segundo a relatora, deputada
Shéridan (PSDB-RR), caso permanecesse no texto, o trecho
constitucionalizaria as regras, dificultando eventuais novas janelas
partidárias. Ela explicou ainda que com a supressão, ficam valendo as
regras atuais e está mantida a janela partidária em março de 2018.
Também foi retirada parte no texto --destacada pelo PP-- que trata das
federações partidárias, instrumento que permitiria a partidos com
afinidade ideológica unirem-se para atuar no Congresso, por exemplo, o
que poderia servir de alternativa aos que não atingissem os requisitos
da cláusula de desempenho.
Por ter sido alterado durante sua tramitação na Câmara dos Deputados, o
texto da PEC retorna ao Senado, seu ponto de partida. Antes, no
entanto, é necessário que a comissão especial que a analisou prepare uma
redação final, a ser submetida ao plenário. Essas últimas etapas são
exigências regimentais, formalidades para que a proposta siga para o
Senado.
Da permanência (com ressalva) do sistema eleitoral proporcional e da permanência do efeito Tiririca (puxador de votos)
Ainda teremos os famosos quocientes eleitoral e
partidário. Logo, a regra que permite que o voto dado ao candidato A
possa beneficiar o candidato C permanece. Com o possível fim das
coligações proporcionais, o que teremos de diferente é que tanto o
candidato A como o candidato C obrigatoriamente serão do mesmo partido
político, e não mais poderão ser de partidos diversos, como acontece com
as coligações proporcionais.
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