Oscar Niemeyer, o arquiteto de Brasília |
G1.com
O célebre
arquiteto Oscar Niemeyer, que revolucionou a arquitetura moderna e foi um dos
criadores de Brasília, morreu no Rio de janeiro, a poucos dias de completar 105
anos, informou esta quarta-feira um porta-voz do Hospital Samaritano.
Niemeyer
"morreu ontem às 21h50" após "sofrer um agravamento do quadro de
infecção respiratória", informou o hospital. O arquiteto será velado na
quinta-feira no Palácio do Planalto, em Brasília, e voltará ao Rio de Janeiro
para ser enterrado na sexta-feira, no cemitério São João Baptista.
"O
Brasil perdeu um de seus gênios, hoje é um dia para chorar", disse a
presidente Dilma Rousseff em comunicado publicado no blog oficial da
presidência.
Dilma
lembrou a militância comunista de Niemeyer até o final de seus dias: "a
partir das injustiças do mundo, sonhou uma sociedade igualitária".
Nascido
em 15 de dezembro de 1907, no Rio de Janeiro, de uma família burguesa de origem
alemã, portuguesa e árabe, Oscar Niemeyer criou mais de 600 projetos ao redor
do mundo em mais de 70 anos de carreira.
Continuou
trabalhando até os últimos dias em seu atelier de grandes janelas curvas, em
frente à praia de Copacabana e, ao morrer, tinha cerca de 20 obras em curso em
vários países.
Em 1960,
ao lado do urbanista Lúcio Costa e do paisagista Roberto Burle Marx, idealizou
a nova capital do país, Brasília, com formato de avião, e edifícios futuristas
de linhas sinuosas como curvas de mulher em cimento armado, que se
transformaram em ícones do país.
Pelo
inovador uso do cimento em seus edifícios de Brasília, o chamado
"arquiteto da sensualidade" ganhou, em 1988, o prêmio Pritzker, o
equivalente ao Nobel de Arquitetura.
Em
cadeira de rodas há quatro anos por causa de uma fratura de pélvis, Niemeyer
foi hospitalizado várias vezes este ano e no ano passado, e costumava dizer que
"ter mais que 100 anos é uma merda".
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