136 BEBÊS JÁ MORRERAM NESTE ANO, POR FALTA DE UTI EM UMA MATERNIDADE DE TERSINA



Maternidade Evangelina Rosa, está em situação crítica e a Câmara de Vereadores com MP-PI atuam no caso

De janeiro a maio deste ano 136  recém-nascidos morreram por falta de UTI (unidade de terapia intensiva) neonatal na Maternidade Dona Evangelina Rosa na cidade de Teresina/PI. A denúncia é do vereador Dr. Lázaro (PPS) que apresentou na Câmara Municipal de Teresina um requerimento solicitando que os órgãos responsáveis possam explicar e providenciar soluções para a situação.

Segundo o vereador, todos os bebês que morreram tinham condições de serem salvos caso houvesse uma assistência adequada, mas pela situação crítica do local, não sobreviveram.

"Realmente esta questão de morte de crianças, de falta de leito na UTI não é de hoje, só que absurdamente nesses primeiros meses, todos esses fatores e a negligência que existe há algum tempo coincidiram e resultaram num número expressivo e quase epidêmico de mortes", disse o parlamentar.

O vereador Dr. Lázaro disse que comprovou a situação de calamidade e que a superlotação na Evangelina Rosa e as crianças prematuras que chegam lá não encontram atendimento necessário.

O Conselho Regional de Medicina do Piauí e o Ministério Público realizaram recentemente uma fiscalização e constataram a situação de calamidade. A promotora Karla Daniela Carvalho falou sobre problemas com a classificação de risco das pacientes que chegam a maternidade, além da superlotação.

Um relatório foi encaminhado para o diretor geral da Evangelina Rosa, para o secretário estadual de Saúde e para o promotor responsável pela fiscalização do município de Teresina para que a publicidade da situação resulte em melhorias no local.


GRUPO DE SENADORES QUER LULA, FHC E SARNEY NA ARTICULAÇÃO DE NOVO GOVERNO SEM TEMER


Em reunião encerrada na madrugada desta quarta-feira, um grupo de cerca de 20 senadores debateu a crise. Houve consenso quando à inevitabilidade da interrupção do mandato de Michel Temer. Generalizou-se a percepção de que a saída passa pela impugnação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, em julgamento marcado para 6 de junho. A maioria concluiu que convém envolver na articulação para a escolha de um hipotético substituto de Temer os ex-presidentes Lula, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.

O encontro ocorreu na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Foi a segunda reunião do grupo. A primeira acontecera na véspera. Compareceram senadores de vários partidos. Entre eles Renan Calherios (AL), Eduardo Braga (AM) e José Maranhão (PB), do PMDB; Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), do PT; Lasier Martins (RS), do PSD; e Armando Monteiro, (PE), do PTB.

Planeja-se elaborar uma pauta minima de temas em torno dos quais o grupo consiga convergir e atrair mais parlamentares. Parte dos presentes defende a convocação de eleições presidenciais diretas. Mas não ignora que a hipótese mais provável é de que a escolha de um eventual substituto para Temer será feita pelo Congresso, em eleição indireta.

Emergiu do debate um perfil do candidato que o grupo considera mais adequado para o caso de prevalecer a escolha indireta. Eis algumas das características: 1) Não pode ter a ambição de se reeleger em 2018; 2) Deve ter em mente que não será mais possível aprovar reformas como a da Previdência; 3) Não pode ser membro do Judiciário; 4) É preferível que não seja também do Legislativo; 5) Não pode tratar a classe política a vassouradas; 6) O ideal é que seja referendado por Lula, FHC e Sarney.

Um dos participantes da conversa disse ao blog que, no momento, o nome que mais se encaixa nesse modelo é o de Nelson Jobim —ex-ministro de FHC e de Lula, ex-presidente do Supremo e ex-deputado federal. Tem um inconveniente: precisaria se desligar do Banco BTG Pactual, do qual tornou-se sócio. (Blog do Josias de Souza)

Fonte: Blog do John Cutrim

HOMENS SÃO AÇOITADOS EM PÚBLICO NA INDONÉSIA POR TEREM FEITO SEXO GAY

 
Os dois homens foram flagrados juntos na cama em março passado por uma patrulha de bairro (Foto: Junaidi)

Manter relações com pessoas do mesmo sexo é crime sob a lei islâmica que rege a Província de Aceh; ONGs alertam que hostilidade contra homossexuais vem crescendo no país.

Sobre um palco montado do lado de fora de uma mesquita na Indonésia, um homem traja uma vestimenta branca enquanto reza. Mas não se trata de uma cerimônia religiosa e, sim, de uma punição brutal.

Homens se revezaram para aplicar em suas costas dezenas de golpes com uma vara. O motivo? Ele foi flagrado fazendo sexo com outro homem, que foi punido em seguida. 

Uma multidão compareceu para assistir, com celulares a postos para registrar tudo. "Que seja uma lição para você", um dos espectadores gritou. Outro pediu: "Com mais força!" 

Antes, um dos organizadores havia orientado que os presentes não atacassem os acusados, dizendo que "eles também são humanos". Os dois não foram identificados. 

Os homens, de 20 e 23 anos, foram flagrados juntos na cama por uma "patrulha de bairro" que invadiu sua casa - e seu quarto - na Província de Aceh, em março passado. 

Fazer sexo com alguém do mesmo gênero não é ilegal na maior parte da Indonésia, mas é um crime em Aceh, a única região do país regida pela sharia, a lei islâmica. 

Mas casos recentes em outras regiões parecem sinalizar um aumento na hostilidade em relação a gays no país. Na segunda-feira, 141 homens foram presos em uma sauna gay em Jacarta, a capital. 

'Aterrorizado'

 

Essa é a primeira vez que pessoas são açoitadas como punição sob a lei islâmica nesta Província. A dupla foi condenada a receber 85 chibatadas, mas o número foi reduzido para 83, porque eles ficaram dois meses presos. 

A repórter Rebecca Henschke, da BBC News na Indonésia, se encontrou com um deles um dia antes da punição ser aplicada. Ela foi a primeira jornalista a falar com o homem e diz que ele estava "aterrorizado". 

"Ele tremia todo, estava magro, pálido e tinha vermelhidão pela pele. Outros presos nos cercaram e nos olharam de forma intimidadora enquanto tentamos conversar", conta ela. 

"Pensei que íamos conversar em um local com privacidade, mas isso não foi concedido a ele." 

O homem estava concluindo a faculdade de Medicina quando a patrulha entrou à força no quarto que alugava. Mas agora, seu futuro é incerto - ele foi expulso pela faculdade. 

Vídeos da operação em que foi flagrado com seu parceiro na cama foram amplamente compartilhados na internet. Nas imagens, os dois aparecem nus, implorando por ajuda. 

"Só quero que tudo isso acabe e que possa voltar para a minha família. Estou profundamente deprimido. Estou tentando me tirar desse abismo", disse o homem. 

Hostilidade crescente

 

Aceh foi autorizada a ter seu próprio sistema legal há mais de uma década. Desde então, tornou-se um local cada vez mais conservador e severo em suas punições. 

Leis mais duras contra homossexuais foram introduzidas na Província em 2015.
No passado, o açoitamento só era aplicado como punição para crimes relacionados a jogos de azar e consumo de bebida alcóolica. 

A Indonésia tem um histórico de tolerância à homossexualidade, mas, nos últimos anos, tem crescido a hostilidade - oficial e na sociedade - contra comunidades LGBT. 

No início do mês, a polícia indonésia prendeu 14 pessoas na cidade de Surabaya por supostamente organizarem uma festa gay. Elas podem ser indiciadas com base na ambígua legislação antipornografia do país. 

Havia temores de que o mesmo poderia ocorrer com os 141 homens presos na segunda-feira em uma sauna gay na capital, Jacarta. Mas a maioria deles já foi liberada nesta terça-feira. 

Grupos de defesa de direitos humanos criticaram os processos contra pessoas que mantêm relações com alguém do mesmo sexo e o uso de açoitamento como punição. 

A Anistia Internacional disse que todo ser humano tem direito à privacidade e a manter relações consensuais com outra pessoa. Sobre o açoite, a ONG disse ser "uma punição cruel, desumana e degradante". 

A organização afirmou que essa prática pode ser considerada um tipo de tortura e fez um apelo para que as autoridades de Aceh abandonem esse método.

 Fonte: BBC Brasil.com

 

EX-PRESIDENTE LULA É DENUNCIADO NA LAVA JATO POR CASO ENVOLVENDO SÍTIO EM ATIBAIA

 Este é o terceiro processo a que Lula responde em Curitiba (Foto: reprodução/Globo News)

Esta é a terceira denúncia contra o ex-presidente que parte da força-tarefa, em Curitiba. MPF diz que construtoras pagaram pouco mais de R$ 1 milhão a Lula em propinas.

 Do G1
 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado nesta segunda-feira (22), na Operação Lava Jato, em função das investigações que envolvem um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. A denúncia foi apresentada pelos procuradores que compõem a força-tarefa da Lava Jato, à Justiça Federal, em Curitiba. 

Esta é a terceira denúncia que o Ministério Público Federal (MPF) apresenta à Justiça, em Curitiba, contra Lula. Nas outras ações penais, ele é acusado de ter, supostamente, recebido propina das construtoras OAS e Odebrecht. (Leia mais abaixo)
 
Caberá ao juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato, definir se recebe ou não a denúncia do MPF. Se ele aceitar, o ex-presidente passará a ser réu também neste novo processo.
Além de Lula, outras 12 pessoas são citadas neste processo. Todos são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. 

Veja quem foi denunciado

  • Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht: corrupção ativa
  • José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
  • José Carlos Bumlai, pecuarista: lavagem de dinheiro
  • Agenor Franklin Medeiros, ex-executivo da OAS: corrupção ativa
  • Rogério Aurélio Pimentel, ex-assessor especial da Presidência: lavagem de dinheiro
  • Emílio Odebrecht, dono da construtora Odebrecht: lavagem de dinheiro
  • Alexandrino de Alencar, ex-executivo da Odebrecht: lavagem de dinheiro
  • Carlos Armando Guedes Paschoal, ex-diretor da Odebrecht: lavagem de dinheiro
  • Emyr Diniz Costa Junior, engenheiro da Odebrecht: lavagem do dinheiro
  • Roberto Teixeira, advogado de Lula: lavagem de dinheiro
  • Fernando Bittar, empresário, sócio de um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: lavagem de dinheiro
  • Paulo Gordilho, engenheiro da OAS, lavagem de dinheiro

Entenda a denúncia

A acusação trata do pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS. Conforme a denúncia, Lula foi beneficiado com parte desse dinheiro, por meio de obras realizadas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia, cuja escritura está no nome de Fernando Bittar, mas que o MPF defende que pertence, na verdade, ao ex-presidente. 

As obras, conforme a denúncia, serviram para adequar o imóvel às necessidades de Lula. Segundo o MPF, a Odebrecht e a OAS custearam R$ 850 mil em reformas na propriedade. 


O MPF diz que Lula ajudou as empreiteras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras e a estatal, descobertos pela Lava Jato. Todos já foram condenados em ações penais anteriores. 


Conforme a denúncia, as duas empreiteiras foram beneficiadas em pelo menos sete contratos. Também faz parte da denúncia o contrato de aluguel do navio-sonda Vitória 10.000, realizado pela empreiteira Schahin, junto à Petrobras. Nesse contrato, o processo apura um suposto pagamento de R$ 150 mil a Lula, com a ajuda do pecuarista José Carlos Bumlai, que teria intermediado os repasses ao ex-presidente. 


Os procuradores defendem que todo o esquema na Petrobras era capitaneado por Lula. "Efetivamente, como apurado, após assumir o cargo de Presidente da República, Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à perpetuação criminosa no poder,comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais", diz trecho da denúncia.


A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai informou que está analisando a denúncia e vai se manifestar no momento oportuno. O G1 tenta contato com as defesas das demais pessoas citadas na denúncia. 

Processos em Curitiba

 


Lula é réu em dois dos três processos relacionados à Operação Lava Jato em Curitiba. Em um deles, o ex-presidente é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões da empreiteira OAS por meio da reserva e reforma de um apartamento tríplex, em Guarujá (SP). Após depoimento de testemunhas, agora, o MPF e a defesa devem apresentar as alegações finais, última etapa antes de o juiz dar a sentença. 


No outro processo, Lula é acusado de ter recebido vantagens indevidas da Odebrecht, por meio da compra de um terreno, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e também de um apartamento no mesmo andar do prédio em que ele mora, na mesma cidade. 


O terreno seria usado para construir uma nova sede para o instituto social que leva o nome do ex-presidente, e o apartamento é usado até hoje por Lula, como casa para os policiais federais que fazem a segurança dele. 

Em Brasília, Lula também é réu no processo que apura uma suposta tentativa de obstrução a Justiça com a possível compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

LULA E DILMA TINHAM US$ 150 MILHÕES EM ‘CONTA-CORRENTE’ DE PROPINA DA JBS, DIZ JOESLEY

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Dilma e Lula
Esses dois só enrolam "bobos" ou aliendados
O termo de colaboração 1 do empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, descreve o fluxo de duas ‘contas-correntes’ de propina no exterior, cujos beneficiários seriam os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O empresário informou à Procuradoria-Geral da República que o saldo das duas contas bateu em US$ 150 milhões em 2014. Ele disse que o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda/Governos Lula e Dilma) operava as contas.
Joesley revelou que em dezembro de 2009, o BNDES adquiriu de debêntures da JBS, convertidas em ações, no valor de US$ 2 bilhões, ‘para apoio do plano de expansão’ naquele ano.

“O depoente escriturou em favor de Guido Mantega, por conta desse negócio, crédito de US$ 50 milhões e abriu conta no exterior, em nome de offshore que controlava, na qual depositou o valor”, relatou Joesley.
Segundo o empresário, em reunião com Mantega, no final de 2010, o petista pediu a ele ‘que abrisse uma nova conta, que se destinaria a Dilma.

“O depoente perguntou se a conta já existente não seria suficiente para os depósitos dos valores a serem provisionados, ao que Guido respondeu que esta era de Lula, fato que só então passou a ser do conhecimento do depoente”, contou o empresário.

O depoente indagou se Lula e Dilma sabiam do esquema, e Guido confirmou que sim.”

Joesley declarou que foi feito um financiamento de R$ 2 bilhões, em maio de 2011, para a construção da planta de celulose da Eldorado. O delator disse que Mantega ‘interveio junto a Luciano Coutinho (então presidente do BNDES) para que o negócio saísse’.

“A operação foi realizada após cumpridas as exigências legais”, afirmou Joesley. “Sempre percebeu que os pagamentos de propina não se destinavam a garantir a realização de operações ilegais, mas sim de evitar que se criassem dificuldades injustificadas para a realização de operações legais.”

O empresário declarou que depositou, ‘a pedido de Mantega’, por conta desse negócio, crédito de US$ 30 milhões em nova conta no exterior,

O depoente, nesse momento, já sabia que esse valor se destinava a Dilma; que os saldos das contas vinculadas a Lula e Dilma eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef; que esses saldos somavam, em 2014, cerca de US$ 150 milhões.”

Segundo Joesley, a partir de julho de 2014, Mantega ‘passou a chamar o depoente quase semanalmente ao Ministério da Fazenda, em Brasília, ou na sede do Banco do Brasil em São Paulo, para reuniões a que só estavam presentes os dois, nas quais lhe apresentou múltiplas listas de políticos e partidos políticos que deveriam receber doações de campanha a partir dos saldos das contas’.

Neste trecho de seu depoimento, Joesley cita o partido do Governo Michel Temer. O empresário destacou que o executivo Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais da J&F (controladora da JBS), fazia o contato com partidos e políticos.

“A primeira lista foi apresentada em 4 de julho de 2014 por Guido ao depoente, no gabinete do Ministro da Fazenda no 15º andar da sede do Banco do Brasil em São Paulo, e se destinava a pagamentos para políticos do PMDB; que a interlocução com políticos e partidos políticos para organizar a distribuição de dinheiro coube a Ricardo Saud, Diretor de Relações Institucionais da J&F, exceção feita a duas ocasiões”, relatou.

Joesley disse que em outubro de 2014 no Instituto Lula, encontrou-se com Lula e relatou ao petista que as doações oficiais da JBS já tinham ultrapassado R$ 300 milhões.

“Indagou se ele (Lula) percebia o risco de exposição que isso atraía, com base na premissa implícita de que não havia plataforma ideológica que explicasse tamanho montante; que o ex-presidente olhou nos olhos do depoente, mas nada disse”, contou.

Em outra ocasião, em novembro de 2014, Joesley disse que ‘depois de receber solicitações insistentes para o pagamento de R$ 30 milhões para Fernando Pimentel, governador eleito de Minas Gerais, veiculadas por Edinho Silva (tesoureiro da campanha de Dilma em 2014), e de receber de Guido Mantega a informação de que “isso é com ela”, solicitou audiência com Dilma’.

“Dilma recebeu o depoente no Palácio do Planalto; que o depoente relatou, então, que o governador eleito de MG, Fernando Pimentel, estava solicitando, por intermédio de Edinho Silva, R$ 30 milhões, mas que, atendida essa solicitação, o saldo das duas contas se esgotaria; que Dilma confirmou a necessidade e pediu que o depoente procurasse Pimentel”, narrou aos investigadores.

Joesley afirma que, no mesmo dia, encontrou-se com Pimentel no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e disse ao petista ‘que havia conversado com Dilma e que ela havia indicado que os 30 milhões deveriam ser pagos’.

“Pimentel orientou o depoente a fazer o pagamento por meio da compra de participação de 3% na empresa que detém a concessão do Estádio Mineirão; que afora essas duas ocasiões, Edinho Silva, então tesoureiro da campanha do PT, encontrava-se, no período da campanha de 2014, semanalmente com Ricardo Saud e apresentava as demandas de distribuição de dinheiro; que Ricardo Saud submetia essas demandas ao depoente, que, depois de verificá-las com Guido Mantega, autorizava o que efetivamente estivesse ajustado com  o então ministro da Fazenda.” 

Fonte:(Estadão)

JBS FINANCIOU 1.829 CANDIDATOS DE 28 PARTIDOS; 16 GOVERNADORES ELEITOS

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179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da federação e 167, deputados federais

Apostando em um futuro bom relacionamento com prováveis candidatos que fossem eleitos em 2014, a J&F (holding controladora do grupo JBS) destinou mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país, segundo os delatores. Em um dos depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal (MPF), com quem firmou acordo de delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F, Ricardo Saud, entregou um levantamento detalhado em que aponta todos os candidatos financiados pela empresa.

De acordo com Saud, o total em dinheiro repassado por meio de “pagamentos dissimulados” alimentou as campanhas de 1.829 candidatos. Destes, 179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da federação e 167, deputados federais por 19 partidos.

O delator não deixa claro quais pagamentos foram feitos via caixa 2 e quais foram doações oficiais. No depoimento, divulgado após a retirada do sigilo da delação, ele dá a entender que os valores citados se referem apenas às campanhas de 2014. Em outro depoimento, o dono da JBS, Joesley Batista, também afirmou que a maioria das doações feitas pela empresa tratava-se de propina disfarçada por contrapartidas recebidas.

“Doamos propina a 28 partidos”, contou Saud, admitindo que os mais de R$ 500 milhões destinados a agentes públicos para as eleições de 2014 formavam um “reservatório de boa vontade”. “Era para que eles não atrapalhassem a gente", afirmou.

O delator cita ainda que foram distribuídas "propina para 16 governadores eleitos e para 28 candidatos ao Senado que disputavam a eleição, a reeleição ou a eleição para governador”, acrescentou. Segundo ele, os governadores eleitos pertenciam ao PMDB (4), PSDB (4), PT (3), PSB (3), PP (1) e PSD (1).

Ao entregar a documentação aos procuradores, Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por Saud.

Fonte: Agência Brasil

SE TEMER SAIR, O QUE ACONTECE? SAIBA O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO

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 Eventual saída de Temer levaria a eleição indireta pelo Congresso, diz Constituição
'O Globo' informou que empresário fez gravação de conversa com Temer na qual se discutiu compra do silêncio de Eduardo Cunha. Presidente nega acusação e não cogita renunciar.


Diante da revelação, pelo jornal "O Globo", de que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou uma gravação ao Ministério Público de uma conversa entre ele e o presidente Michel Temer na qual os dois discutiram a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), parlamentares da oposição passaram a defender a renúncia de Temer ou o impeachment

Entenda abaixo o que acontecerá se o presidente renunciar ao cargo ou sofrer impeachment no Congresso Nacional. Segundo a colunista do Portal G1 Andréia Sadi, porém, Temer não cogita deixar a Presidência da República. 

Pela Constituição, tanto na hipótese de renúncia quanto num eventual cenário de impeachment, deverão ser realizadas novas eleições. 

Conforme o Artigo 81, como faltam menos de dois anos para o fim do mandato (que se encerra em dezembro de 2018), a eleição seria feita pelos deputados e senadores, 30 dias depois da vacância no cargo. 

Até lá, assume interinamente o presidente da Câmara, posto atualmente ocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Eleição indireta

Numa eventual eleição indireta, feita pelos parlamentares, deverão ser eleitos o novo presidente e o novo vice-presidente da República. 

A sessão seria convocada pelo presidente do Congresso Nacional e do Senado, posto atualmente ocupado por Eunício Oliveira (PMDB-CE). 

Estariam aptos brasileiros natos com mais de 35 anos, filiados a partido político e que não se enquadrem em qualquer das restrições da Lei da Ficha Limpa – como, por exemplo, terem sido condenados por tribunal colegiado. 

Clique AQUI e veja a matéria na íntegra. 


                                                                                                                   Fonte: G1.com

 

PRESSÃO: OPOSIÇÃO E ALIADOS PEDEM RENÚNCIA DO PRESIDENTE TEMER...




BRASÍLIA — Parlamentares da oposição e da base aliada pediram na noite desta quarta-feira renúncia do presidente Michel Temer e a convocação de novas eleições. Aliado do governo, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, defendeu a renúncia do presidente e a antecipação das eleições presidenciais. O posicionamento foi divulgado por meio de nota enviada por sua assessoria.

“Diante da gravidade do quadro e com a responsabilidade de não deixar o Brasil mergulhar no imponderável, só nos resta a renúncia do presidente Michel Temer e a mudança na Constituição. É preciso aprovar a antecipação das eleições presidencial e do Congresso Nacional”, afirmou Caiado.

Para o líder do PPS, o deputado Arnaldo Jordy (PA), também da base de Temer, o governo “acabou” e o ideal é fazer eleições presidenciais neste ano e um pleito parlamentar no ano que vem.

— Acabou. Não tem nada que justifica essa denúncia. Se Temer tiver grandeza, deve pactuar uma saída com instituições e antecipar o processo eleitoral. Acabou. Está na hora de devolver para as urnas a decisão. E não pode renunciar, porque os presidentes do Congresso também são investigados.

Logo após a divulgação das denúncias, a oposição se reuniu e unificou o discurso em torno de um pedido de renúncia e de uma mudança na Constituição que possibilite eleições diretas para a Presidência da República ainda este ano. Dois pedidos de impeachment do presidente já foram protocolados.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini (SP), afirmou que a oposição pretende mobilizar um ato no próximo dia 24 de maio em Brasília, pedindo a saída de Temer. Ele disse que os parlamentares vão pressionar para que o presidente renuncie e que não voltarão para seus estados e ficarão no Congresso discutindo os próximos passos.

– Nós fizemos reunião com líderes da oposição e nós estamos concluindo algumas questões fundamentais. Primeiro, pedir a renúncia imediata do presidente da República, que tomou o poder de forma golpista. Segundo, vamos iniciar um processo de impeachment com base nesses fatos. Terceiro lugar, nós queremos aprovar imediatamente o projeto de emenda constitucional do deputado Miro Teixeira que prevê a convocação de eleições diretas já – afirmou Zarattini.

Segundo o Blog do Moreno, em reunião com ministros na noite de hoje, Temer disse que não renuncia e quer ver a fita da sua conversa com o dono da JBS.

Em uma ação articulada para pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deputados da oposição pretendem votar amanhã, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo deputado Miro Teixeira que permitiria antecipar as eleições presidenciais.

A PEC determina a realização de eleições diretas até seis meses antes do final do mandato, caso a presidência fique vaga. Miro acredita que há um dano de difícil recuperação para a autoridade do presidente.

A líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), classificou a situação de “gravíssima” e disse ver “provas concretas” do envolvimento de Temer nas denúncias.

– É uma situação gravíssima. Essa denúncia contra o presidente da República, no noticiário tem provas concretas do envolvimento dele e de outros membros do governo que colocam a situação dele insustentável no cargo. Ele tem que renunciar ao mandato e o Brasil precisa de convocação de eleições diretas. Essa é a única maneira de pacificar o país e resolver o problema que estamos vivendo – disse Gleisi.
A senadora afirmou que se trata de obstrução de Justiça.
– O que estamos vendo é claramente obstrução de Justiça, com questões depois da Lava-Jato em andamento, de todas as denúncias feitas, essa situação se coloca novamente. Precisamos ver as provas que têm e tomar providência, o Supremo Tribunal Federal e a PGR têm que se manifestar – pontuou.

A líder do PCdoB, Vanessa Grazziotin (AM), comparou as denúncias contra Temer àquelas de que foi alvo o senador cassado Delcídio do Amaral, preso por tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Ceveró. Para a senadora, não é possível manter a votação das reformas da Previdência e trabalhista no Congresso.

– Diante da gravidade dos fatos, entendemos que é impossível continuar com a pauta das reformas, mexe estruturalmente com país e não há mais legitimidade desse governo. É muito grave o caso que envolve o presidente. Há comparação com o senador Delcídio do Amaral, que foi preso por questões até menores que essa. Vamos apresentar pedido de impeachment, mas entendemos que é caso de renúncia imediata – pontuou Vanessa.

ENTENDA O CASO

O presidente Michel Temer foi gravado pelo dono da JBS Joesley Batista, dando aval para o pagamento de propina ao deputado cassado Eduardo Cunha em troca do silêncio dele. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.

Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”.

Aécio Neves também foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Em negociação para fechar acordo de delação premiada, Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Fonte: O globo.com