PRESIDENTE DA OAB MARCUS VINICIUS É DESTAQUE NA REVISTA VEJA


"A sociedade não deve criminalizar a democracia
 nem a atividade política, mas aperfeiçoá-las".

(Foto: Antonio Milena - Reprodução revista Veja)

"O crime não pode compensar" diz Marcos Vinícius em entrevista à revista Veja


Por Otávio Cabral e Laura Diniz
Em 25 de junho, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Marcus Vinícius Coêlho, reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff. Na véspera, ela havia anunciado a convocação de um plebiscito para autorizar a instalação de uma Constituinte para fazer a reforma política. Assim que entrou no Palácio do Planalto, Coêlho alertou: ”Presidente, essa Constituinte é inconstitucional”. Ele conseguiu convencê-la de que a iniciativa poderia sair do controle e legislar sobre temas como o controle da imprensa e do Ministério Público, por exemplo. Dilma desistiu da proposta. O maranhense Coêlho, o segundo presidente mais novo da história da OAB, agora trabalha pela aprovação de uma lei pelos caminhos normais do Congresso que puna com rigor o caixa dois eleitoral.

A OAB lançou uma campanha de coleta de assinaturas para um projeto de reforma política. Como é essa proposta?

As manifestações da população nas ruas mostraram que há uma crise muito profunda no modelo de representatividade. A origem desse mal está no sistema eleitoral, que estimula o caixa dois, que faz com que o candidato, salvo honrosas exceções, tenha uma relação imprópria com empresas. Isso gera um parlamentar eleito com vícios de origem, o que distorce a representação política. Na maioria das vezes, ele presta contas ao financiador, e não ao eleitor. A Lei da Ficha Limpa cuidou das conseqüências do sistema eleitoral. Agora é necessária uma lei que combata as causas desses males.

Mas quais são as medidas práticas para resolver o problema?

O financiamento de campanha por empresas deve ser proibido. Apenas as pessoas físicas poderão fazer doações a candidatos, com um limite máximo de 700 reais, para evitar que o desnível econômico influencie o resultado da eleição. Além disso, o valor de gastos com a campanha será fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Hoje, cada partido fixa o valor de gasto máximo dos seus candidatos. Com a fixação pelo tribunal, as campanhas ficarão mais baratas. É preciso ainda tornar crime a prática de caixa dois eleitoral. Nosso projeto prevê até oito anos de prisão para quem fizer caixa dois, a cassação imediata de quem receber dinheiro por fora e a proibição de contratação pelo serviço público de empresas que praticaram esse crime. O sistema legal deve passar sempre a mensagem clara de que não compensa praticar o crime.

Como fiscalizar isso?

O principal meio é a prestação de contas on-line. Diariamente, as receitas e despesas serão colocadas no site do TSE. E é preciso contar com o papel fiscalizador da sociedade. Essa revolta é uma mostra de que o cidadão quer participar. No ano em que a Constituição faz 25 anos, é preciso reafirmar a democracia. A sociedade não deve criminalizar a democracia nem a atividade política, mas reafirmá-las e aperfeiçoá-las constantemente.

Como fica a eleição para o Legislativo nesse projeto?

Para baratear as eleições e aumentar a fidelidade partidária, a Ordem propõe um sistema de votação em dois turnos para o Legislativo. No primeiro turno, o eleitor votaria na lista partidária, em cima de projetos e idéias. Isso evitaria o efeito Tiririca, de votar em um e eleger outros cinco que ele nem conhecia. A lista deixará de ser oculta, como é agora, e será transparente. O controle ético disso é que um candidato sem conceito é eleito hoje porque tem o eleitorado cativo e não contamina a lista de seu partido. Se esse candidato vai para uma lista partidária aberta, o eleitor vai evitá-lo, prejudicando o partido. A lógica é que os partidos deixem de lado candidatos desonestos. O grande pecado da lista fechada pura é que o eleitor não escolhe quem quer eleger, mas só chancela decisões partidárias. Por isso propomos o segundo turno, no qual o eleitor votará nominalmente. No primeiro turno, definem-se quantas vagas cada partido terá. E, no segundo, quais serão os nomes eleitos. Não é a primeira proposta de nenhum partido, mas pode se tornar o consenso de todos eles.

As manifestações de junho mostraram o descontentamento do cidadão com o serviço público. O que fazer para tornar o governo mais eficiente?

Os cartazes dos manifestantes traduziram as reivindicações: mais saúde, mais educação, melhores serviços e menos corrupção. A OAB entrou na Justiça para que o Congresso legisle sobre a criação de um código de defesa dos usuários de serviços públicos, que está prevista há quinze anos. Hoje um cidadão vai ao hospital, não é atendido e não tem a quem reclamar. O único prejuízo que há para o governante é o político. Com o código, o Procon passará a receber queixas contra os serviços públicos. E o governante que não oferecer um bom serviço nem respeitar o cidadão deverá ser punido.

O último exame da OAB teve 72% dos candidatos reprovados. Isso não é a falência do ensino de direito no Brasil?

Em vinte anos, o Brasil saiu de cerca de 200 faculdades de direito para 1300. A qualidade, por óbvio, não acompanhou a quantidade. A grade curricular dos cursos é ultrapassada, não se fala sobre mediação e arbitragem, sobre o processo judicial eletrônico. Tudo isso é o futuro do direito. Mas nas faculdades só se fala do passado. Não é possível continuar com um curso de direito que só estimula a litigiosidade. O ensino ainda é feito por professores que se baseiam em doutrina, não há estudos de casos. É preciso estudar os casos e ter um aprendizado prático; por isso o estágio deve ser ampliado de seis meses para um ano e ser efetivamente prestado. Hoje, é uma farsa. Para melhorar todo esse quadro, é necessário remunerar melhor os professores. Estamos vivendo uma rodaviva em que a faculdade finge que paga o professor, o professor finge que dá aula e o aluno finge que aprende.

O mercado está saturado. O que fazer com tanto advogado?

No último exame da Ordem foram aprovadas 32 900 pessoas. O índice de reprovação ainda é alto, mas temos 60000 aprovados a cada ano. Esse é o número total de advogados existentes hoje na França. Já temos 800000 advogados no Brasil, e ainda entra no mercado de trabalho uma França por ano. É preciso coibir a abertura de cursos e fechar aqueles que não têm qualidade.

Casos de grande repercussão, como o julgamento do mensalão e as operações da Polícia Federal, mostram advogados recebendo milhões de reais. A profissão é bem remunerada?

Há uma pequena ilha de grandes escritórios e advogados famosos que passa a falsa impressão de uma profissão glamourosa. Mas a realidade é dura. Há advogados ganhando 20 reais para fazer uma audiência. A grande maioria dos meus colegas busca a sobrevivência. Essa massificação e proletarização da carreira precisam ser enfrentadas.

Como dar celeridade à Justiça?

Em primeiro lugar, é preciso uma mudança cultural, encerrando a era do litígio e fazendo aposta na conciliação, mediação e arbitragem. O advogado precisa entender que o processo moroso não faz bem a ninguém. Não faz bem à sociedade porque justiça tardia é injustiça. Não faz bem ao Judiciário porque perde credibilidade. Não faz bem ao advogado, que se desvaloriza e demora a receber. O juiz e o promotor também não podem encarar as modernizações do sistema judiciário com a mesma cabeça cartorial predominante no século XIX. Temos de atualizar o modo de pensar das pessoas. Pouco adiantam mudanças legislativas se os intérpretes da lei não se adequarem. É preciso que o sistema tenha menos burocracia e formalismos e mais celeridade. Por fim, é preciso uma mudança estrutural. Temos na presidência dos tribunais gestões que não se comunicam com as anteriores nem com as seguintes. Não há no Judiciário transparência dos gastos, planejamento, administração dos processos de acordo com temas. Uma simples organização traria grandes ganhos sem tirar dos cidadãos o direito a recursos.

A OAB reclamou da declaração de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, de que os advogados acordam tarde. Depois, pediu explicações sobre a compra de um apartamento por ele em Miami e recorreu do veto dele à criação de quatro tribunais federais. Os advogados o consideram um adversário?

A OAB aprovou uma dura nota pedindo mais respeito do presidente do STF. Essa declaração sobre os advogados mostrou um total desconhecimento da profissão. A Ordem deve sempre ter atuação dura quando se sentir incomodada. Mas deve ter a atitude madura de não transformar casos episódicos em uma generalização que diminua a importância do STF. Considero uma perda de energia muito grande as instituições ficarem discutindo declarações impensadas e fora da realidade. A Ordem faz um apelo a todos os presidentes de poderes para que cuidem do que interessa. O que o presidente do STF está fazendo concretamente para planejar e dar transparência ao Judiciário?

Como o senhor responderia a essa sua própria indagação?

Essa pergunta deve ser feita ao presidente do STF. Qual o legado para o Judiciário brasileiro que ele está deixando? Ele é quem deve responder a essa pergunta.

O senhor defende a redução da maioridade penal?

A Constituição fixa a maioridade penal em 18 anos. Para nós da Ordem, isso é uma cláusula pétrea, que não pode ser modificada. Além disso, há dados que mostram que essa medida seria inócua. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que 47% dos internos em centros de reabilitação têm de 16 a 17 anos e 42%, de 14 a 15 anos. Os crimes que eles cometem são praticamente do mesmo tipo. Portanto, apenas baixar a idade penal para 16 anos não resolverá completamente o problema.

Como, então, inibir a participação de menores nos crimes?

Melhorando as condições de vida dos adolescentes, principalmente os mais pobres. Se eles não têm escola, não têm educação profissionalizante, não têm esporte, não são acolhidos pelo estado, podem ser atraídos para o tráfico. O segundo ponto é ter um sistema de internação que ressocialize. Esse mesmo estudo do CNJ mostra que 70% dos internos foram vítimas de violência 40% foram violentados sexualmente. E quase a metade reincide e em crimes mais graves. Há um sistema hoje que produz infratores mais agressivos. O terceiro ponto é o sistema legal, que deve passar uma mensagem que desencoraje a prática de crimes. Os crimes com armas de fogo e a reincidência devem ter punições mais sérias. O Estatuto da Criança e do Adolescente deve ser repensado para que a punição máxima prevista suba de três para seis anos e para que o infrator não saia em liberdade aos 21 anos, mas somente depois de cumprir integralmente a medida judicial.

Muitos crimes bárbaros são cometidos por presos “indultados” que não voltam à cadeia. O senhor acha que esse tipo de saída temporária deve acabar?

A Justiça concentra as saídas nas datas festivas, o que faz com que um grande número de presos seja liberado ao mesmo tempo. A idéia seria não concentrar as saídas em datas especiais, mas espalhá-las ao longo do ano em grupos menores. Também deve ser implantada a tornozeleira eletrônica para monitorar os presos liberados temporariamente. Por fim, defendo a redução das saídas nas prisões em que muitos presos não voltem.

As comissões de direitos humanos da OAB se notabilizaram pela defesa dos direitos dos bandidos, nada fazendo pelas vítimas e suas famílias. Não é um equívoco?


Sem dúvida. A OAB não pode ser comentarista de casos, mas defensora de causas. O Brasil é signatário de um pacto pela proteção dos direitos das vítimas de crimes, mas não cumpre com seu papel. O estado precisa dar assistência social, psicológica e econômica às vítimas. Ou o estado garante segurança pública aos brasileiros ou ao menos deve fornecer assistência às vítimas dos crimes.
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O ESTADO DO MARANHÃO, POR IGOR LAGO

MARANHÃO

Há poucos dias tomamos conhecimento da decisão do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel,  a respeito do processo que pede a cassação do mandato da governadora Roseana Sarney, por ação do ex-governador José Reinaldo Tavares, a qual alega abuso de poder político e econômico nas últimas eleições de 2010. Agora, o processo (com semelhantes argumentações a outro recente!) que estava engavetado na Procuradoria Geral da República, volta às mesas (ou gavetas) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O fato me fez recordar a histórica eleição de 2006: Jackson Lago, em sua terceira tentativa de chegar ao Palácio dos Leões,  vencera. Sem mandato, com a sua conhecida persistência e desprendimento, driblando muitos interesses contrários, sejam do lado de lá ou do lado de cá, o das oposições, obteve 34,36% dos votos no primeiro turno. Junto com os outros dois candidatos oposicionistas, Edson Vidigal (PSB) e Aderson Lago (PSDB), além do apoio político do então governador dissidente do sarneyísmo - José Reinaldo Tavares,  a oligarquia perdera a sua primeira eleição desde 1965, por uma diferença de apenas 1,8% dos votos, no segundo turno.
José Sarney subiu ao poder e tornou-se um dos líderes civis mais confiáveis do regime. Emplacou os seus escolhidos nas eleições indiretas para o governo maranhense e, nas eleições diretas, conseguiu eleger todos os seus candidatos. Ganhou força e fôlego, ao se tornar presidente, com o inesperado falecimento do fiel ministro de Getúlio Vargas, o mineiro Tancredo Neves. Aconteceram eleições questionáveis, como a de 1994 - a primeira eleição da então deputada federal Roseana Sarney, que ficou marcada por suspeita de fraude eleitoral, assim como a de 2002, quando se evitou um segundo turno entre Jackson Lago e José Reinaldo Tavares, por meio de manobras jurídicas no TRE e no TSE, sobre validação ou não da candidatura do cunhado (Ricardo Murad) da ex-governadora e candidata ao senado Roseana Sarney Murad.
Igualmente, recordo-me das circunstâncias de seu governo perseguido mesmo antes de assumir o seu mandato que duraria 2 anos, 3 meses e 17 dias. A Oligarquia (eles detestam ser chamados assim!) jamais aceitou aquele resultado e decidiu fazer uso do que lhe restara: o golpe judiciário.
Durante esse período, o governador Jackson Lago enfrentou a questão da Operação Navalha, a recidiva de seu câncer, a quase-morte de seu genro considerado filho, os desafios de governo e todo o desgaste que se depreendeu daquele processo de cassação que, a rigor, lhe cassou duplamente pois, além de lhe tirar o mandato, nas eleições de 2010, serviu para que os seus adversários Roseana Sarney e Flávio Dino/José Reinaldo Tavares fizessem uso da sua condição de suposto “ficha-suja”.
Lembro-me, por último, que ao ser solicitado para ser o autor desta ação, negou veementemente. Na sua consciência, ele que fora vítima da “judicialização da política” ou, pior, do “golpe judiciário” ou do mal uso da Justiça para resolver as questões eleitorais (em 2002, a sua coligação fora autora de um processo somente para realização do segundo turno!), não via nenhuma possibilidade de partir para caminhos nunca dantes pisados por ele (ou seja, o de cassar o mandato de quem quer que fosse!).
Logo ele que perdeu mais que ganhou eleições (foram 8 derrotas: 1976 - prefeito de Bacabal; 1978 - deputado federal; 1982 - deputado federal; 1985 - prefeito de São Luis; 1986 - deputado federal; 1994 - governador; 2002 -governador e 2010 – governador; e 5 vitórias: 1974 – deputado estadual; 1988 – prefeito de São Luis; 1996 – prefeito de São Luis; 2000 – prefeito de São Luis e 2006 – governador do Maranhão)!
Os valores democráticos estavam presentes na sua ação e pensamento políticos. Via as eleições como parte do processo social, das lutas da sociedade, uma etapa do agir cívico, o que radicalmente o diferencia dos atuais líderes da “nova oposição” e dos adversários longevos do poder. Basta refletir sobre suas trajetórias e atitudes...
Quiçá isto possa inspirar verdadeiros democratas a se lançarem nesse difícil e triste cenário maranhense disputado por duas forças muito parecidas entre si, tal como se fossem duas caras da mesma moeda. Que terão de diferente a nos oferecer?

Igor Lago

PGR QUER CELERIDADE EM JULGAMENTO DE ROSEANA SARNEY

Gov. Roseana Sarney, preste a ser cassada, será ?.
 Gurgel quer rapidez da Justiça Eleitoral
Mariana Oliveira e Débora Santos Do G1, em Brasília, e da TV Globo

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu ontem quinta-feira (8) que a Justiça Eleitoral seja “rápida” para julgar a ação que acusa a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), de abuso de poder político e econômico.

Na quarta, foi divulgado um parecer de Gurgel na qual ele recomendou a cassação do mandato da governadora em razão das acusações. Na avaliação do procurador, Roseana firmou contratos com intenção eleitoreira para prejudicar campanhas adversárias.

A governadora nega as acusações. Em nota, ela afirmou que o mandato que seu mandato é “legítimo, conquistado por meio do voto direto e dentro de um processo democrático e limpo”.

“Havia uma representação em que se atribui à governadora, digamos, diversas condutas relacionadas essencialmente, entre outras coisas, a programa de habitação popular que teria tido um crescimento exagerado precisamente no ano eleitoral e muito próximo já das eleições. E, o ponto de vista da Procuradoria Geral Eleitoral, é que isso procede e que efetivamente houve um crescimento exagerado desse programa [...]. A hipótese seria de perda do mandato”, afirmou Gurgel.

Para o procurador-geral, é necessário que o caso seja julgado antes da eleição do ano que vem, para que o julgamento produza efeitos antes do final do mandato da governadora. “O TSE tem feito todo o esforço no sentido de agilizar os seus julgamentos. E, aquela coisa: Justiça boa é a Justiça que é rápida”, disse.

O processo

A governadora Roseana Sarney responde a uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por suposto abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2010, quando tentava a reeleição – ela assumiu em 2009 após a cassação de Jackson Lago, acusado de compra de votos (o que ele nega).


O autor da ação é José Reinaldo Tavares, ex-governador, ex-ministro dos Transportes e ex-aliado da família Sarney.

Com o parecer do procurador, o plenário do TSE já poderá julgar a ação, em data a ser ainda definida.
Em 2010, Tavares concorreu a um mandato de senador pelo Maranhão por uma chapa de oposição ao grupo de Roseana, mas foi derrotado – ele terminou a eleição em terceiro lugar.

No processo, ele argumenta que a governadora, reeleita em 2010, celebrou convênios “com desvio de finalidade” às vésperas do período eleitoral, distribuiu bens por intermédio de programas sociais não previstos anteriormente e fez gastos de campanha não contabilizados, o que, segundo Tavares, caracterizou a prática de caixa dois.
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MARANHÃO TERÁ ELEIÇÕES INDIRETAS PARA GOVERNADOR CASO O TSE CASSE O MANDATO DE ROSEANA

Governadora Roseana Sarney,
motivos para ser cassada não faltam
Maranhão da Gente

Caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) siga a mesma posição manifestada pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel e decida pela cassação do mandato da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do vice-governador Washington Oliveira (PT), deverá ser realizada uma eleição indireta pela Assembleia Legislativa que escolherá o nome para comandar o Estado. Nesta situação, qualquer pessoa que atenda aos requisitos para disputar um cargo eletivo e não esteja impedido de exercer os direitos políticos, pode concorrer.

Tanto a legislação eleitoral quanto à Constituição Federal estabelecem a realização de eleições indiretas nas situações onde os mandatos do governador e do vice-governador, eleitos em primeiro turno, tenham ultrapassado o período de dois anos, quando ocorrer a cassação. Nestes casos, o presidente da Assembleia Legislativa assume o governo do Estado e a realização das eleições indiretas deve ocorrer no prazo de 30 dias.

Esta situação ocorreu em 2009, no Estado do Tocantins, quando houve a cassação do mandato do governador Marcelo Miranda (PMDB) companheiro de legenda de Roseana Sarney. Na época, ele havia sido acusado de abuso de poder político, o mesmo tipo de acusação que pesa contra a atual governadora do Estado.


Na ocasião, a Assembleia Legislativa do Tocantins realizou eleições indiretas e o presidente da casa, Carlos Henrique Gaguim também do PMDB foi eleito para governar o estado pelo restante do mandato do governador cassado. Atualmente, quem preside a Assembleia Legislativa do Maranhão é o peemedebista Arnaldo Melo.
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PLAYBOY DIVULGA CAPA COM NANDA COSTA

Atriz de 'Salve Jorge' posou nua para publicação masculina



A revista Playboy divulgou na tarde desta quarta-feira, 7, a capa da edição que trará o primeiro ensaio nu de Nanda Costa. Aos 26 anos, a atriz fluminense posou para a publicação em Cuba. Ela chegou a ficar completamente nua em ruas e espaços públicos do país.

Em outras ocasiões, a carreira de Nanda Costa já haviam levado a atriz a aparecer sem roupa, como no longe 'A febre do rato', de 2010. A estrela da TV e do cinema ilustra a edição comemorativa de 38 anos da Playboy, que chega às bancas na próxima sexta-feira, 9.
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DÁ PARECER PELA CASSAÇÃO DE ROSEANA SARNEY

Gurgel finalmente deu parecer no processo
 de cassação de Roseana 
O procurador geral da República, Roberto Gurgel, após um ano, concedeu parecer favorável à cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2010.

O recurso contra a expedição de diploma foi apresentado pelo ex-governador José Reinaldo Tavares, após comprovação da aplicação de recursos da ordem de R$ 1 bilhão em convênios com os municípios às vésperas da eleição.

De acordo com a peça de acusação, os recursos teriam sido usado para "cooptação de prefeitos e lideranças políticas, inclusive da oposição, mediante maciça celebração de convênios e transferência de recursos aos municípios no ano da eleição, especialmente no mês de junho e nos três dias anteriores à convenção destinada à escolha do nome dos recorridos".

O parecer do Ministério Público Federal (MPF) pelo provimento do recurso foi comemorado pela oposição no Estado.

Segundo, o advogado Rodrigo Lago ainda que com atraso tudo indica que será feita justiça no proce.

Após o parecer da PGR, caberá à relatora do processo, ministra Luciana Lóssio, pedir inclusão na pauta de julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Fonte: Jornal Pequeno Online


DEPOIS DAS FÉRIAS VEREADORES DE PARAIBANO VOLTAM AO "TRABALHO"

Momento de oração na primeira reunião da Câmra Municipal
 em memória do ex-vereado jardem Sousa,
falecido no mês passado

Foto: Amaury
Amaury Carneiro
Público presente na sessão, vereador Murilo, e ao fundo
 Ana Célia presidente da casa
A Câmara de Vereadores de Paraibano-MA, retomou os trabalhos na noite de segunda-feira, dia 5, realizando a primeira sessão ordinária depois do recesso parlamentar e após o falecimento do jovem vereador Jardem Sousa.

A sessão teve início com um pronunciamento da vice-prefeita Rejany Gomes, que se sensibilizou com o triste momento pelo qual passa a família de Jardem, e pediu que todos os presentes dessem as mãos e rezaram a oração do Pai Nosso. Em seguida foi a vez do ex-vice prefeito Maneta e o pastor Vanderley da Igreja Assembleia de Deus também  prestarem suas homenagens ao ex-vereador.

A sessão também foi marcada pela primeira participação oficial da vereadora Maria Raimunda, na casa legislativa municipal. A vereadora assumiu a cadeira deixada pelo vereador Cazuqinha, que assumiu a vaga de Jardem Sousa.

A professora e agora vereadora Maria Raimunda, mais uma mulher a integrar o poder Legislativo do município,  disse que está ali para ajudar  a aprovar os projetos vindos do executivo em prol da comunidade, e trabalhará em favor da população.

Professora Maria Raimunda, a nova integrante
da câmara municipal de Paraibano-MA
BOLSA FAMÍLIA

O vereador Murilo Ribeiro, o mais atuante da câmara neste primeiro semestre, saiu em defesa da colega da casa  a vereadora Elizângela Teixeira. Elizângela foi citada no face book do ex-candidato a vereador Aristeu Neto, como beneficiária do Bolsa Família, programa do Governo Federal destinado às famílias de baixa renda. A pedido da parlamentar, Murilo, apresentou um documento no qual Elizângela, teria dado baixa no benefício em dezembro de 2012, antes de tomar posse na câmara legislativa municipal.

De acordo com Aristeu Neto, o nome da vereadora continua no sistema do governo como beneficiária do programa, com último registro de saque realizado no mês de maio de 2013. O blog também fez uma pesquisa no Portal de Transparência do Governo Federal e constatou que realmente houve um saque no mês de maio, no valor de R$ 134,00. Totalizando no ano de 2013 a quantia  de R$670,00. Veja abaixo o registro dos últimos saques.  




Segundo informações de fontes segura deste blog, há dezenas de pessoas em Paraibano, que não se enquadra no perfil do Bolsa Família e mesmo assim recebem o benefício, isso é uma vergonha, espera-se que a secretaria municipal de assistência social, tome providência o mais rápido possível para tirar essas pessoas do programa de benefício do governo.

 DE VOLTA À SESSÃO...

A presidente da câmara,  a vereadora Ana Célia, apresentou a quantidade de requerimentos e  projetos que foram aprovados na casa no primeiro semestre do biênio e disse que enquanto estiver na presidência da câmara continuará trabalhando em parceria com o poder executivo municipal, tendo sempre como objetivo  aprovar os projetos que sejam para o benefício da população.

OS AUSENTES

Os vereadores Francisco da Chagas (Tico Bala) e Raimundo Nonato (Nato), mesmo depois de quase dois meses de férias, faltaram à sessão sem justificativa, a vereadora Dênia Sá, justificou a falta por está acompanhando o pai que está doente, em viagem à  Teresina.
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DEPUTADOS DA OPOSIÇÃO LAMENTAM ‘VERGONHA’ DO MARANHÃO EM REPORTAGEM DA REDE GLOBO

Coletadoras de fava em povoado de
Fernando Falcão-MA
Jornal Pequeno Online
Os deputados Othelino Neto (PPS), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Marcelo Tavares (PSB) e Bira do Pindaré (PT) ocuparam a tribuna, na tarde desta segunda-feira (5), para manifestar sua indignação em relação à denúncia levada ao ar pela Rede Globo, domingo à noite, em uma reportagem do programa ‘Fantástico’, que enfoca duas cidades do Maranhão – Fernando Falcão e Marajá do Sena – como detentoras dos piores IDHs do Brasil, com a agravante de suspeitas de corrupção.

De acordo com a matéria do ‘Fantástico’, os municípios de Fernando Falcão e Marajá do Sena estão entre os piores lugares pra se viver no Brasil. “E sabe o que eles têm em comum, além da pobreza? Suspeitas de corrupção!”, afirma a matéria do ‘Fantástico’.

Dep. Estaduais, Bira do Pindará, Othelino,
Rubens Jr. e Marcelo Tavares. Em defesa do Maranhão
Ohtelino Neto foi o primeiro deputado a abordar o assunto e manifestar sua indignação. Ele disse que já se acostumou a assistir a programas jornalísticos veiculados em rede nacional na televisão e deparar com notícias quase sempre depreciativas, que causam vergonha ao povo do Maranhão.
“Já estamos cansados de saber, o que é concretamente o fruto dos 50 anos de mando do grupo Sarney no Maranhão. Transformando o Maranhão num exemplo de pobreza, num exemplo dos piores indicadores, fazendo uma disputa acirrada agora com Alagoas para ver quem é o pior nos indicadores sociais”, afirmou Othelino Neto.

O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Rubens Júnior, frisou que os recentes indicadores sociais e econômicos divulgados por órgãos como o Ipea condenam o Maranhão a situações vergonhosas em relação ao restante do país.

“O nosso sentimento, infelizmente, é de vergonha. Todos nós que conhecemos as potencialidades do nosso Estado, segundo litoral mais extenso do país, terras férteis, rios perenes, povo trabalhador, muito dinheiro, Estado rico sendo achincalhado, fazendo com que os maranhenses, de certa forma, se sintam humilhados em relação ao que constantemente é divulgado na mídia nacional”, declarou Rubens Júnior.

Ao contestar alegações feitas durante a sessão por deputados governistas, o deputado Bira do Pindaré foi enfático ao dizer que não há como esconder o sol com a peneira.

“A verdade é que o Maranhão é abençoado pela natureza, mas é amaldiçoado pela malvadeza de quem governa este Estado, há quase 50 anos. E não se trata de quem foi governador ou deixou de ser governador, se trata de quem comanda, de quem chefia, de quem lidera uma oligarquia, que é um conceito científico, não é um conceito inventado pela Oposição. A Oposição não inventou oligarquia. Ela existe, de fato, porque aqui o comando político é feito por poucos e para poucos”, enfatizou Bira do Pindaré.

O deputado Marcelo Tavares também contestou argumentos apresentados na tribuna por deputados governistas, diante da reportagem veiculada pela Rede Globo no ‘Fantástico’.

“Uso esta tribuna com a única intenção de deixar claro aos deputados que defendem o governo, que não há explicação para que o Maranhão, novamente seja escolhido pelos indicadores apresentados no IDH, como o pior Estado da Federação para se viver. O governo da senhora Roseana Sarney, indiscutivelmente, é o pior governo da história recente do Maranhão. O Maranhão regrediu em todos os aspectos no governo de Roseana Sarney, afirmou Marcelo Tavares.

Ele disse que ficou indignado mais ainda porque deputados governistas foram à tribuna, nesta segunda-feira à tarde, tentar defender o governo em relação à reportagem levada ao ar pela Rede Globo para todo o Brasil:

“Hoje, no Maranhão, a segurança pública não existe: homicídios, assaltos, fugas em massa das Penitenciárias, fuga em massa da Penitenciária, de todas elas. A cidade de Viana, agora neste final de semana, vive um pavor pela fuga em massa naquela delegacia regional. Em São Luís, não respeitam mais ninguém, um carro bate no portão na Penitenciária, derruba o portão e os presos fogem. Virou bagunça. E agora estão aí os números do IDH, que desmoralizam esse governo fracassado. A governadora Roseana Sarney se tivesse o mínimo de bom senso, se tivesse o mínimo de afeição ao povo do maranhense, renunciava este mandato, por incapacidade administrativa deveria renunciar o mandato. Ela não tem condições de submeter por mais tempo a população do Maranhão a um governo tão pífio quanto esse. Mas ela continua”, enfatizou Marcelo Tavares.

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