DESIGUALDADE SOCIAL
Em
apenas um ano, o Brasil passou a ter quase 2 milhões de pessoas a mais vivendo
em situação de pobreza. A pobreza extrema também cresceu em patamar semelhante.
É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada na quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a
pesquisa, em 2016 havia no país 52,8 milhões de pessoas em situação de pobreza
no país. Este contingente aumentou para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de
quase 4%, e representa 26,5% da população todal do país, estimada em 207
milhões naquele ano (em 2016, eram 25,7%).
Já a população na
condição de pobreza extrema aumentou em 13%, saltando de 13,5 milhões para 15,3
milhões no mesmo período. Do total de brasileiros, 7,4% estavam abaixo da linha
de extrema pobreza em 2017. Em 2016, quando a população era estimada em cerca
de 205,3 milhões, esse percentual era de 6,6%.
O gerente da pesquisa,
André Simões, enfatizou que o aumento da pobreza se deu pela maior deterioração
do mercado de trabalho. Ele lembrou que em 2017 houve um pequeno crescimento do
PIB, ao contrário dos dois anos anteriores, mas que essa alta foi puxada pela
agroindústria, “que não emprega tanto quanto outras atividades”.
“A renda do trabalho
compõe a maior parte da renda domiciliar. A taxa de desocupação continuou
elevada neste ano, por isso a pobreza aumentou”, destacou.
Segundo o IBGE, é
considerada em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por
dia, o que equivale a aproximadamente R$ 140 por mês. Já a linha de pobreza é
de rendimento inferior a US$ 5,5 por dia, o que corresponde a cerca de R$ 406
por mês. Essas linhas foram definidas pelo Banco Mundial para acompanhar a
pobreza global.
O rendimento médio
mensal domiciliar per capita (a soma das rendas de todos os moradores do
domicílio, dividida pelo número de pessoas) obtido no país foi de R$ 1.511 em
2017.
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Fonte: G1.com e IBGE
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