ENTREVISTA COM DRª ELIZA, AUTORA DO LIVRO QUE CONTA A HISTÓRIA DE PARAIBANO-MA



Drª. Eliza Brito
Foto: Matos



 Profº. Amaury Carneiro
 
Fotos: Raimundo Augusto
Entrevista com Dra. Eliza Brito Neves dos Santos, descendente da família dos fundadores do município de Paraibano. Ex-Procuradora de Justiça do Estado do Maranhão, Ex-Promotora Pública de Justiça, já atuou em várias promotorias inclusive na de Paraibano-MA onde  iniciou sua carreira ministerial, exercendo as suas funções a partir de 1972 até 1976. Ingressou no Ministério Público Estadual em 1972 e aposentou-se em 2008.

Agora lança um Livro com o título “O TEMPO NÃO APAGOU” com mais 300 páginas, que será lançado em cerimônia que fará parte das comemorações dos 60 anos de emancipação do município de Paraibano-MA, a solenidade será realizada no Centro de Ensino Epitácio Pessoa, neste domingo (06/01) a partir da 9:30 horas.

A autora do livro atribui a sua obra o caráter de uma importante fonte de pesquisa para comunidade paraibanense, especialmente aos estudantes, e uma contribuição aos registros históricos e culturais do Maranhão.

Confira a entrevista exclusiva com a autora, concedida a este portal de notícias.


01 Profº Amaury – Quem é Dra. Eliza?

Drª Eliza – Uma cidadã que, embora residindo distante de sua cidade-natal, jamais esqueceu as suas raízes.

02  Profº Amaury  – Como surgiu o desejo de lançar um livro sobre a história de Paraibano?

  Drª Eliza- Sempre que visito Paraibano, há sempre uma estudante, uma professora, etc, que me procura para obter informações sobre a história do município. Diante da procura, entendi que, ao escrever as minhas memórias, poderia eu, dentro das minhas limitações, contribuir para que os meus conterrâneos pudessem ter ao ser alcance uma resposta mais precisa para as suas perguntas, já que a minha história particular encontra-se intimamente ligada à história de minha terra.

03 Profº Amaury – Quanto tempo levou para escrevê-lo?

Drª Eliza – Cerca de dois anos, pois, somente ao me aposentar procurei um professor para me ensinar a manejar o computador e, como tenho outras ocupações, não pude me dedicar exclusivamente à elaboração do trabalho.

04 Profº Amaury – Como surgiu a escolha do nome do livro?

Drª Eliza – Eu gosto muito de refletir sobre o tempo. Por outro lado, em se tratando de um livro de memórias, fui buscar nas minhas lembranças tudo aquilo que ainda estava vivo e que, portanto, nem o tempo conseguiu apagar.

05 Profº Amaury – Houve alguma dificuldade? Qual a maior dificuldade que enfrentou para seu livro? Como superou essa situação?

Drª Eliza – Posso afirmar que foi maior a dificuldade para escrever e organizar os textos do que para a publicação. Como o meu desejo era lançar o livro em Paraibano, no dia da comemoração dos sessenta anos de emancipação política, mesmo com oferta de patrocínio, falei com Raimundo Ari Furtado e Maria Aparecida Queiroz Furtado sobre o meu projeto. Na mesma oportunidade recebi o devido apoio, por considerarem importante inserir o lançamento na programação das festividades. A seguir, os dois marcaram uma audiência com o deputado Arnaldo Melo e este recebeu-me com a maior cordialidade, dispondo-se a propiciar a impressão do livro e o seu respectivo lançamento na significativa data almejada.

06 Profº Amaury – Qual a sua perspectiva sobre recepção de seu livro pelos leitores?

Drª Eliza – Conhecendo o amor que o Paraibanense tem à sua terra, considerando, ainda, a maneira como os conterrâneos falam sobre o evento, espero a melhor acolhida possível.

07 Profº Amaury – Um povo sem história é um povo sem passado, como a senhora analisa a falta de conservação dos nossos prédios antigos que são memórias vivas do passado, e estão se deteriorando com a ação do tempo do intemperismo?

Drª Eliza – Analiso com muita tristeza, principalmente porque, aquilo que já se perdeu dificilmente será recuperado e o que resta está sendo destruído, a cada dia, sem qualquer socorro.

08 Profº Amaury – Qual a análise que a senhora faz de Paraibano nos seus 60 anos de emancipação política?

Drª Eliza – Eu admiro e alegro-me com o progresso alcançado ao longo desse tempo: Paraibano cresceu. Entretanto, falta muito a se fazer pela continuidade desse desenvolvimento. É preciso que o povo se una e cobre dos gestores os seus deveres, para não ter que passar por momentos de desprazer, como os vivenciados agora. A nossa festa está acontecendo ao som de um grito de lamentação pelo estado em que se encontra a cidade. Isto é lamentável!

09 Profº Amaury – Quais as mudanças que a senhora gostaria de ver em nossa terra?

Drª Eliza – Melhoria na educação e na saúde, recuperação dos prédios públicos e das estradas, cuidados especiais com o meio ambiente. Que as ruas estejam limpas e mais iluminadas. Que a água chegue às torneiras de nossas casas.

10 Profº Amaury – Qual a dica que você daria para futuros escritores?

Drª Eliza – Que sigam em frente, sem qualquer timidez. Se não puderem escrever um grande livro, façam como eu: escrevam um modesto, porém embasado em fontes fidedignas.

11 Profº Amaury – Para encerrar, quais seus planos daqui pra frente? Já tem outro livro na  Manga, projetos, publicações?

Drª Eliza – No momento, estou voltada ao lançamento deste livro de memórias. Porém, não descarto a ideia de voltar a escrever, brevemente. Sou otimista. Não acho que já fiz tudo. Tenho muito a sonhar  e muito a realizar.
 

NoticiasdeParaibanoMa.com
“Aqui Você Faz a Notícia”


 

Um comentário:

  1. Ana Julia, Parabens Amaury pela belíssima entrevista e parabéns para Dotora Eliza por resgatar a nossa história, com certeza deve ser um belo trabalho, Paraibano precisa é disso. De pessoas q se preocupa com ela.

    ResponderExcluir

COMENTE COM EDUCAÇÃO.